top of page
Buscar

ASAS


O Eneagrama oferece caminhos de crescimento e transformação pessoal, bem emoldurado no desenho de sua mandala. Um desses caminhos é o Caminho das Asas, que é o contorno da figura, a Circunferência, e que nos convida a sairmos da estagnação, a fazermos parte do todo e a estarmos em movimento contínuo perpetuando a vida numa constante mudança e crescimento. Com isso, recuperamos o fluxo natural do desenvolvimento, caminhando, observando e vivendo a vida com outro olhar locados pelo olhar de outros tipos e com isso peregrinando por todos os demais, encarando novas formas de crescer e ser. Isso contribui para flexibilizar a personalidade e resgatar a essência, liberando-nos de mecanismos sonambúlicos que nos mantém num estado de baixo nível de consciência profundamente opressor.

A Circunferência nos mostra que somos Um, totalidade e unidade em nossa origem e nisso fala da Lei do Um, uma das leis que rege o universo – “O todo e a parte, a parte está no todo e o todo está na parte”. À sua volta encontra-se os nove números correspondentes aos nove tipos de personalidade, apregoando nove padrões de pensamentos, de emoções e de comportamentos, expressando maneiras distintas de se ver e viver a realidade. Para darmos início ao crescimento utilizando as asas, vamos para o nosso vizinho, que é o número que está ao lado de cada tipo. Podem ser positivas ou negativas em sua atuação e ajudar-nos no reconhecimento de nosso tipo.

As Asas aparecem na adolescência, quando vamos desenvolvendo características de um vizinho ou outro. Seu objetivo é nos dar equilíbrio. Entretanto o fato de não nos apoiarmos ao mesmo tempo em ambas as asas, faz com que desenvolvamos uma única, e a outra fica subdesenvolvida, e por isso ficamos desequilibrados. Tudo acontece, como quando um barqueiro perde um remo e fica com apenas um único. Passa a remar apenas de um lado, e com isso começa a girar sobre si mesmo e não sai do lugar. O que acontece é que remando nessas condições, por mais que tente navegar numa linha que o leve a atingir o objetivo, mantém-se no mesmo espaço, fazendo movimentos circulares ou por vezes se desvia do ponto principal a ser alcançado, fazendo caminhos que o levam a lugar algum. Utilizando essa metáfora, entendemos que, apoiados em uma única asa nos mantemos na nossa paixão. Entramos numa armadilha circular, reforçando nossa maneira sonambúlica de agir. As Asas equilibram o exagero de nosso tipo. Nosso crescimento com a utilização delas pressupõe o desenvolvimento da outra asa, que acontecerá mais na vida adulta, quando tomamos consciência da prisão que vivemos dentro do nosso tipo. A partir de então, poderemos pensar em alçar voo, chegar onde pretendemos chegar, ampliando nosso horizonte, da paralização que a Personalidade nos impõe, caminhando rumo ao equilíbrio e à essência.

Comments

Rated 0 out of 5 stars.
No ratings yet

Add a rating
bottom of page