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Eneagrama como autoconhecimento psico-espiritual



Eneagrama é um sistema de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal, profissional, relacional e espiritual, bastante rico, que faz um diagnóstico de nossas motivações pessoais, mostrando com bastante clareza, que estamos dentro de uma caixinha, hermeticamente fechada, nos fazendo sentir segurança e proteção, mantendo-nos no automatismo inconsciente, colocando-nos numa zona de conforto, mas, mantendo estagnado nosso processo de crescimento. Dentro dessa caixa, permanecemos num estado sonambúlico distantes da vida e de tudo o que ela nos oferece para sermos seres humanos... humanos. O objetivo do Eneagrama além de busca de conhecimento, é mudar o que precisa ser mudado e curar, o que precisa ser curado. Ele facilita entrarmos em contato com nosso ego ou máscara, minha falsa identidade que nos distancia do que realmente somos. O Eneagrama nos ajuda a entender que podemos sair da caixinha e que precisamos aprender a viver pois a sobrevida, nos submetemos, é puro medo e vergonha de ser feliz.

Acredita-se que essa sabedoria se estruturou a partir de Alexandria, cidade fundada no ano de 331 a.c. por Alexandre o Grande que quis reunir sábios de várias culturas de Impérios que ele conquistava. Ali se encontravam, gregos, judeus com tradição hebraica, persas, egípcios, babilônios, celtas, sumérios, que unindo todo o seu conhecimento, tornaram-se um farol do saber. O Eneagrama, foi gerado no primeiro momento, para o estudo do Universo, o macrocosmo. Aos poucos se reconheceu que somos um microcosmo, e no século IV d.c., a partir dos padres do deserto, o símbolo do Eneagrama passa a ser usado para explicar a alma humana e seus estados emocionais.

A mandala como se apresenta hoje para nós, foi desenvolvida por Oscar Ichazo, filósofo boliviano, fundador da Escola Arica, onde ele tinha um grupo de desenvolvimento humano. Robert Ochs, um padre jesuíta participou desse grupo, e percebendo que tinha a ver com a espiritualidade deles, levou todo o conhecimento para os centros de formação direcionados para padres e leigos envolvidos com a Espiritualidade Inaciana, que é a espiritualidade jesuítica. Hoje são os maiores divulgadores do Eneagrama no mundo.

Foi um filósofo, greco-amênio, Ivanovich Gurdjieff, que, trouxe o Eneagrama para o Ocidente. Nessa mesma ocasião, outros dois nomes se destacavam no estudo da personalidade: Freud e Jung.

A palavra Eneagrama vem do grego e significa: Enea – Nove e Grammos – pontos ou figuras. Nove pontos em uma figura, a circunferência.

O Eneagrama se expressa através de três figuras geométricas, formando uma mandala caracterizada por ser tridimensional e estar sempre em movimento, levando-nos a compreender sobre a natureza humana e suas transformações. As figuras são: um Círculo, um Triângulo e uma Hexade. Manifestam Leis universais, nas quais estamos inseridos.

O Círculo, expressando a Lei do Um, simboliza a unidade de todas as coisas da qual fazemos parte, num contexto de fraternidade. Essa Lei mostra com clareza nosso importante papel ligado ao cuidado: cuidado consigo, com o outro, com o planeta, nossa Mãe Terra, e que quando é deixado de lado, todos sofrem. Somos irmãos de tudo o que foi criado e é essa fraternidade que nos protege e nos faz unos pelo amor.

O Triângulo expressa a lei do Três, mostrando a interação de três forças para a criação de tudo o que existe. São elas, a força ativa, a passiva e a neutralizadora ou reconciliadora, diferenciando do pensamento ocidental extremamente dualista, onde mantemos o passivo fazendo oposição ao ativo e nada acontece.

A Hexade, está inscrita na Lei do Sete que explica as constantes mudanças e transformações que acontecem em todo o universo, e na evolução de nossos estados emocionais. Essa Lei nos mostra que nada é estático, tudo está em mutação.

O Eneagrama nos mostra que para SER PESSOA, é necessário se desinstalar e o primeiro passo é pela auto observação, buscando reconhecer vícios psicológicos e padrões mecânicos habituais, que nos distancia do outro, dificultando possibilidades de vivermos bem pessoalmente e em relacionamentos. Impulsiona-nos a transcender os próprios medos e desejos que condicionam nossos pensamentos, emoções e comportamentos.

Vivenciar o Eneagrama na partilha, é uma oportunidade de sentir e compreender toda a força e a sabedoria que esse mapa de autoconhecimento nos propõe. É se enxergar valorizando-se, reconhecendo o próprio potencial, descobrindo pontos fortes e os fracos, percebendo necessidades de mudanças pessoais, sendo mais assertivo, mais empático, ampliando a capacidade de aceitação e tolerância de si e do outro. Com isto, teremos mais facilidade em lidar com as emoções, relacionamentos pessoais e profissionais, mais saudáveis, facilitando resoluções de conflitos.

Através do Eneagrama reconhecemos que temos formas de pensar, sentir e atuar distintas. Ele descreve três Centros de inteligência, o mental, o emocional e o instintivo, fala dos nove tipos de personalidade e de três versões de cada um dos nove tipos, que são denominados subtipos, expressão da via instintiva existente em cada tipo e que pode ser em nível de Auto Preservação, Social ou Sexual.


Centros de Inteligência

São três os Centros de Inteligência, eles são modalidades que assinalam as maneiras de se estar no mundo. Em tenra idade os temos equilibrados, mas, quando o ego toma espaço e desenvolve nossa personalidade, eles se desestabilizam e passamos a nos identificar com um Centro, nos apoiarmos em um segundo, e deixamos de lado um terceiro, o que nos leva a termos uma vida desequilibrada. Enquanto crianças pequenas isso nos satisfazia, aos poucos surge uma necessidade de retornar ao equilíbrio o que pressupõe muito trabalho de auto observação no primeiro momento. Retornar ao equilíbrio é voltar ao estado de essência, é nos encontrarmos conosco mesmos e com o divino que em nós habita. Enquanto esse equilíbrio não acontece, vivemos guiados pela Personalidade ou ego, escondidos por trás de uma máscara (ou tipo), dormindo um sono de morte nos restringindo da liberdade e da alegria de viver. Buscar o Eneagrama é despertar para a necessidade de reconhecermos nossos padrões repetitivos inconscientes e automáticos, que direcionam nosso comportamento, emoções e pensamentos para poder saborear uma vida para a qual nascemos: SER FELIZ!

Cada Centro de inteligência aloca três tipos de personalidade, perfazendo um total de nove tipos, com características bem especiais, manifestando nove visões de mundo, nove focos de atenção, distintos no pensar, sentir e comportar.

Em algum momento, quando o desequilíbrio acontece, defino que para meu bem estar, qual tipo mais me convém. Estabeleço crenças, encontro motivações para nesse tipo ficar e com isso perco contato com o todo, percebendo só um nono da realidade, reduzindo a vida grande que recebi.

Descobrir o meu tipo, minha máscara, é reconhecer de onde eu sai, e a partir dele, promover meu retorno à essência que é de onde eu vim.


Nove tipos de Personalidade

Tipo 5

Paixão – Avareza

Virtude - Não Apego

Dentro de um padrão de Comportamento – O Observador

Normalmente se percebe o tipo 5, em personalidade, como alguém muito fechado em si mesmo, ensimesmado, um castelo impenetrável, que necessita de muito pouco para se sentir feliz. Avesso a relacionamentos, sente que os outros o sugam energeticamente. Não se mistura, é observador e espectador da realidade. Teme se doar, pois isso aumenta um profundo vazio interior que ele acredita ter e que só é preenchido pelo conhecimento que lhe gera sensação de segurança. Seu nível de avareza, passa pelo medo de se relacionar, se abrir pra vida, doando-se.

Entretanto em essência, num nível de consciência mais elevado, aumenta sua capacidade de doação ao ponto de precisarmos agradece-lo, pela partilha de seus descobrimentos e invenções que melhorou e muito nossa qualidade de vida. Na Virtude do Não Apego, ele fica mais livre, sai de sua fixação, a mesquinhez, deixa de lado seu mecanismo de defesa, o Isolamento de Afeição, tornando-se mais próximo e gregário, sem medo de partilhar, acreditando que será ouvido e valorizado. É sábio com excelente escuta, é objetivo, receptivo, afetivo, busca o outro. Tem uma visão do todo e não só de detalhes. Respeita o espaço pessoal e o dos outros.


Tipo 6

Paixão – Medo

Virtude – Coragem

Dentro de um padrão de Comportamento – O Questionador

Em personalidade, o tipo 6 é bastante desconfiado, vendo segundas intenções em tudo e em todos, procurando por a prova todas as informações. Questiona buscando respostas para se sentir seguro, pois a insegurança é propulsora do medo. O pensamento repetitivo e cheio de suposições o leva sempre para o caos e para as calamidades, antes que se prove o contrário, no final da linha, tudo sempre dá errado. Adora podar e dar limites, estar dentro do seu quadrado é necessário, caso contrário, isso o deixa apavorado e vacilante. Manifesta um complexo de perseguição, e precisa sempre saber o que está por trás de sua sombra, fugindo ou atacando, dependendo do quão intimidados se sentem.

Quando vai para a essência, abre frentes, percebe o quanto é capaz e sua Virtude, a Coragem se apresenta. Coragem é agir com o coração, por isso todos confiam nele e o fazem seu líder, pois além de corajoso, é fiel, harmonioso nas relações, responsável, companheiro, vibra com o sucesso do outro, estimulando-o em seus carismas. Saiu da fixação, a covardia, mostra a cara, lançando-se com seu potencial, sabe que a fé é seu dom maior e que ela o tira de seu Mecanismo de Defesa, a projeção, libertando-se de seus fantasmas, solucionando problemas, sendo assertivo.


Tipo 7

Paixão – Gula

Virtude – Sobriedade

Dentro de um padrão de Comportamento – O Sonhador

Em personalidade, o tipo 7 é caracterizado pela busca de sensações prazerosas. Crescer é difícil pois gera responsabilidades e o que satisfaz é viver no mundo da fantasia, na Terra do Nunca, e como o Peter Pan que se veste de verde, um tipo sete pode ser visto como um eterno verdinho, não amadureceu. A vida é alegria-alegria e o mundo gira ao seu redor. É narcisista e quer toda a atenção voltada pra ele, apresentando dificuldades em criar vínculos profundos, pois isso pode ser exigente, e seu nível de frustração é muuuuuito baixo! Arranja amigos com facilidade, mas, tem dificuldade em mantê-las. Só faz o que quer e quando quer, caminha na vida como se tudo fosse uma perfeita fonte de satisfação inesgotável e sem fim.

Quando na essência, temos talvez a pessoa mais centrada e séria do Eneagrama. Podemos dizer que é a pessoa da ressureição, querendo sempre inovar e realizar, suportando a dor de fazer acontecer e não só planejar. Mergulha na Virtude da Sobriedade, sai da racionalização e deixa a emoção envolve-lo. Mostra-se idealista, alegre, mas adequado para o momento. É criativo, entusiasmado e leva também os outros para sua forma de ver a vida cheia de sonhos, mas, possíveis de realização. Atento aos outros, tem senso de comunhão, diverte-se e diverte a todos com suas brincadeiras, alegrando o ambiente. E com facilidade, consegue envolver as pessoas em seus projetos pois é confiável.


Tipo 2

Paixão – Orgulho

Virtude – Humildade

Dentro de um padrão de Comportamento – O Prestativo

Em personalidade, o tipo 2 tem a liberdade totalmente fisgada pela sua necessidade de precisar que precisemos dele. Por causa disso, assume um lugar de profundo sedutor, chegando a gerar na pessoa indigências que ele nem mesmo sente que tem e o tipo 2 “tem certeza” que reconhece a carência do fulano. É manipulador e tem consciência disso pois, acreditando reconhecer do que o outro precisa, ele busca na sedução a melhor forma de atingir seu intento. Nega totalmente sua carência e esquece de si pelo outro. Vitima-se com facilidade, principalmente quando não se sente reconhecido. É invasivo, e incapacitante, e por isso muitas vezes, acaba na solidão.

Na essência, nos sentimos melhores ao seu lado. É disponível, mas não invasivo. A humildade se expressa e admite a necessidade do outro em sua vida e busca a realização dos seus próprios desejos. Torna-se mais objetivo. Abandona seu mecanismo de defesa, que é a Repressão de seus sentimentos e necessidades. Entra na Virtude da Humildade, aceita seus limites tanto físicos quanto de “certezas” em relação ao outro. A manipulação, a adulação e até a salvação, são deixadas de lado, para viver mais livre da vontade dos outros e buscar sua realização pessoal. Sua facilidade empática o faz bom ouvinte, emotivo terno, carinhoso, além de grande estimulador da capacidade do outro.


Tipo 3

Paixão – Auto Engano

Virtude – Verdade

Dentro de um padrão de Comportamento – O Bem sucedido.

O tipo 3 quando em personalidade, está sempre atropelando todo mundo buscando atingir metas que o levem ao sucesso. Sua ambição e determinação pela vitória, o faz um camaleão, que muda de cor dependendo da plateia. A palavra fracasso não existe em seu vocabulário. Vaidoso e preocupado com a imagem, rouba a cena e está sempre se vendendo, falando de seu currículo. Sua necessidade de competir e estar sempre no pódio, o leva a se distanciar de sua vida, lazer, dos contatos com a família, pois tem sempre a agenda cheia. É um workaholic e podemos dizer que seu nome é trabalho.

Em essência, deixa de lado a vaidade, é bom conselheiro e entusiasta para o projeto que leva ao sucesso, mas aceita a possibilidade de fracasso. É competente, produtivo, admirado como pessoa e como profissional. Tem vitalidade contagiosa, trabalha bem em equipe e seu dom de unir o grupo e capacita-lo, é reconhecido. É grande líder, autêntico, e bastante disponível, vê a riqueza nas relações não somente via trabalho, mas, também em seu dia a dia entendendo que a vida é para ser vivia e saboreada principalmente com aqueles que ama. Envolto na Virtude, a Verdade, reconhece que o que não pode omitir pra si mesmo: ele não é nada além do que ele é.


Tipo 4

Paixão – Inveja

Virtude – Equanimidade

Dentro de um padrão de Comportamento – O Romântico Trágico.

O tipo 4 tem a melancolia fazendo parte de sua personalidade, muito por querer o inalcançável. Tudo se apresenta como se sua felicidade estivesse no outro, que tem aquilo que lhe falta. Tem facilidade de fazer depressão o que por incrível que pareça, num processo inconsciente o satisfaz, gerando a afirmação de que sua alegria de viver está diretamente ligada à tristeza e melancolia. Adora um palco, achando-se especial, diferente dos outros, “meros mortais”. Seu vocabulário é estravagante rebuscado, e sua autoestima normalmente é bastante baixa. Tem fascínio pelo proibido, podendo dizer que é um “fora da lei”.

Em essência, o tipo entra na Virtude da Equanimidade, no equilíbrio, vive em harmonia com suas emoções que não mais são atingidas por estímulos externos. Aceita-se falho, reconhece-se como um ser inacabado, certo que não será abandonado por isso. Transforma o ordinário em extraordinário, expressando sua originalidade e criatividade. A tristeza e o sofrimento, são sublimadas pela arte, e afirmo categoricamente que o mundo não seria tão bonito se eles não existissem. Aceita o “feio” no mundo e nele reconhece suas belezas, torna-se aberto a mudanças, deixando de lado o passado, buscando viver no aqui e agora, livre de uma visão excessivamente romântica da vida.


Tipo 1

Paixão – Ira

Virtude – Serenidade

Dentro de um padrão de Comportamento – O Obsessivo.

Quando na personalidade, sua exigência pela perfeição o leva a constantes explosões de raiva, que deixa essa pessoa muito mal consigo, pois essa reação só reforça sua ideia do quanto ele é imperfeito. Apresenta uma postura de superioridade diante da vida por acreditar ser o dono da verdade, com isso cria as leis que considera serem necessárias para o mundo ser perfeito. Possui um crítico interno muito aguçado para si e para os outros. Lidar com a possibilidade de errar é algo que lhe corrói a alma. Às vezes o nível de cobrança é tamanho que ele acaba por colocar-se de forma hipócrita, exigindo dos outros o que não vive, podendo inclusive manifestar tendência a ter vida dupla como maneira de relaxar do excesso de requisições.

Em essência, entra na sobriedade, deixa de lado seu Mecanismo de Defesa, a Formação Reativa, que o faz entrar no ressentimento em relação a si e ao outro. Expressa uma calma emocional, coração aberto à misericórdia, tornando-se capaz de perdoar, admitindo seus erros, acolhe quem errou, nele se observa alguém profundamente leal e com capacidade para viver grandes amores e grandes amizades. É idealista, honesto e trabalhador. Defende o oprimido e a lei só tem sentido para proteger. É organizado, firme em suas decisões. Luta por um mundo mais justo e mais humano. É excelente professor com facilidade para ver e estimular o potencial do outro.


Tipo 9

Paixão – Preguiça

Virtude – Ação Certa

Dentro de um padrão de Comportamento – O Preservacionista

Na máscara, na personalidade, temos uma pessoa, que com frequência deseja ser invisível. O fato é que para se proteger, nega a existência de conflitos no mundo, esconde-se, e faz de tudo para desaparecer, tornar-se invisível. Uma das formas que expressa essa invisibilidade é não tomar nenhuma decisão diante da vida, a outra, é fundindo-se com o outro, plasmando-se, vivendo numa anulação de sua própria existência, transformando-se num grande transtorno na vida do outro. Narcotiza-se e na teimosia, omite-se de responsabilidades que lhe cabem, temendo se comprometer a concluir alguma coisa. Vai vivendo a vida buscando harmonia e paz, mas o que consegue é a sensação de paz e isso o satisfaz.

Quando na essência, ele é realmente paz, podemos dizer que é pacífico e pacificador. Bom juiz nos conflitos, grande reconciliador, tendo muita facilidade em aceitar o outro sem preconceitos ou julgamentos. Sabe ouvir, é franco, acolhedor. São literalmente da paz. Sua filosofia é viver e deixar viver. Em essência, seu mecanismo de defesa, a Narcotização fica de lado, e mergulhado na Virtude, a Ação Certa, manifesta um movimento natural que é funcionar em harmonia e em sintonia com sua própria energia e com a energia do planeta. Isso estabelece em contato com o Amor, que ele é, com todas as possibilidades de atuar e fazer acontecer.

Tipo 8

Paixão – Luxúria

Virtude – Inocência

Dentro de um padrão de Comportamento – O Confrontador

Na personalidade, parece um trator. Em tenra idade, sentiu-se traído e desenvolveu uma crença que o mundo é para os fortes, os frágeis e tudo o que denota fragilidade deve ser excluído da face da Terra. A vingança é algo que se faz necessário! A Luxúria o leva a uma atitude de dominação e uma auto imagem de constante criador de casos. Que não se atrevam a discutir com um 8 pois ele cresce na discussão. Reconhece com facilidade os pontos fracos dos outros, e disso utiliza para os momentos de confrontação. Precisa ter controle de seu ambiente, por isso quer tudo muito claro e previsível. Não guarda nada para depois e não se preocupa com sua imagem pública ou vulnerabilidade dos outros.

Na Essência, ele entra na Virtude da Inocência, os processos de vingança são deixados de lado e uma ternura enorme o invade. A palavra Magnânimo a meu ver, é a que melhor o caracteriza. Num primeiro momento, passa a não ter medo de mostrar sua ternura e fragilidade, tornando-se uma pessoa admirável e de liderança inspiradora. Atributos como coerência, coragem, tenacidade, generosidade, fidelidade, e grande senso de justiça e liberdade, são características que o coloca como protótipo da liderança. É muito admirado pelas pessoas, que querem segui-lo e imita-lo em seu propósito de transformar o mundo, sem perder a ternura, e amorosamente cuidando e respeitando o outro.


Instintos, Subtipos e Contratipos

Instintos

Instinto é uma faculdade biológica, inscrita em nossa natureza, que nos lembra, que temos uma alma animal. É estruturado no Cérebro Reptialiano, e que se destaca mais pela sua força e presença que os outros dois cérebros que possuímos, o Emocional e o Racional. É um outro tipo de inteligência dentro do Centro Instintivo. Uma estrutura cerebral primitiva, que está presente em todo o arcabouço animal. Eles são muito rápidos em seu movimento, não se satisfazem por mais que tentemos sacia-los. Uma fonte inesgotável de energia física, emocional, mental e espiritual. Nos vários papéis que vivemos na vida, o papel social, vida familiar, papel profissional e de par, são amplamente influenciados por eles. Portanto, precisamos ter consciência que temos um cérebro dos répteis, que garantiu nossa sobrevivência, para entender e aprender a manejar aquelas reações ou impulsos que não conseguimos controlar. Existem três tipos de instintos, o Auto Preservação (AP), voltado para a sobrevivência física, alimentação, vestuário, moradia. Temos o Instinto Social (SO), que é aquele que nos lembra que somos gregários e fazemos parte de um grupo, e o Sexual (SX), também chamado Um-a-Um. Esse é o instinto que nos mobiliza a relações específicas de amizade e intimidade.

Todos temos os três instintos e deveriam ser por nós ativados pela nossa necessidade. Exemplo disso seria, estou com fome, procuro me saciar, nisso acionaria meu AP, quando lido com grupos, convivo com pessoas, utilizo meu SO, e quando lido com situações específicas, busco a energia que o SX pode me oferecer. Entretanto, por estarmos em Personalidade, fora de nossa Essência, não é isso que ocorre. Não os utilizamos adequadamente, fora da Essência estamos em desequilíbrio. Esse desequilíbrio foi gerado num momento traumático de nossas vidas, quando criamos nossas máscaras. Nos afastamos de nós mesmos. A harmonia antes vivida e que fazia com que esses instintos fluíssem de acordo com nossa necessidade, também entra em estado de desequilíbrio, e criamos a “máscara da máscara”, nos distanciamos ainda mais de quem somos. A partir dessa criação, os instintos passam a se manifestar de diferentes maneiras que não as originais. Vão se destacar numa linha de hierarquia, um será Dominante, outro Normal e outro Reprimido. Criamos um perfil, e mantendo uma ordem, destacando cada um em um determinado lugar. Essa forma de se afixarem, vão tolher o nosso desenvolvimento como ser humano. O Instinto Dominante é aquele que não tendo sido suficientemente satisfeito na infância, nos faz sentir que existe uma falta, ele se coloca numa situação de compensar com excesso, aquilo que um dia me faltou. O Instinto Normal, é aquele que não sofreu grandes danos, vai funcionar de forma natural ao longo da vida, sendo ativado quando necessário. O Instinto Reprimido é aquele que reflete a vivência de um trauma muito intenso, que fez a pessoa acreditar que não conseguiria lidar com a situação, a sensação é que é melhor deixar de lado para não sentir a dor novamente, procurando esquecer o ocorrido. Para equilibrarmos os instintos precisamos ter muita clareza do nosso perfil, daí desenvolvermos nosso nível de consciência para fazermos uso deles de forma adequada.

Perfis dos instintos:

AP SO SX SO AP SX SX AP SO

AP SX SO SO SX AP SX SO AP

Trabalhar instintos, pressupõe estimular o crescimento do Instinto Reprimido, buscando equilibra-lo.


Subtipos e Contratipos

Quando a energia do Instinto Dominante se mescla com a Paixão do Tipo, temos um Subtipo. Trata-se de um canal por onde se expressa a energia de nossa personalidade, gerando perfis distintos às pessoas de um mesmo tipo, conforme a sequência dos Instintos, levando em conta o Instinto dominante. Isto explica porque pessoas de um mesmo tipo são tão diferentes. Cada tipo tem três Subtipos, ao todo são 27 Subtipos, sendo que dois se estruturam e fluem dentro da mesma energia do tipo e um outro, contraria esse fluxo energético e a ele se dá o nome de Contratipo. O mais conhecido é o 6SX que é um contrafóbico, um 6 que diante do medo ataca, contrário aos outros, o 6SO e o O 6AP, que fogem. Ichazo nomeou cada um dos Subtipos e Contratipos, o que facilita nossa compreensão sobre eles.

Tipo 5 - Subtipos e Contratipo

A Avareza do tipo 5 o leva ao distanciamento das pessoas, procurando desvincular-se das pessoas, e de acordo com os Subtipos essa paixão vai se apresentar de formas distintas.

Cinco Autopreservação - denominado CASTELO. É o que mais precisa de reclusão. É o mais 5 dos 5. Cria fronteiras e procura se abastecer do mínimo necessário para sobreviver. Sente-se desgastado quando em contato com as pessoas. São muito parecidos com os Sete Sociais, que apresentam características de isolamento, serem observadores e gostarem de terem um espaço mais restrito.

Cinco Social - denominado TOTEM. A avareza é marcada por conhecimentos. Buscam por informações que influenciam a cultura, a política, economia, ecologia, isso os faz sentirem-se protegidos. Comunicam-se em códigos, reforçando a avareza. Assemelham-se ao tipo Três, pois focam em tarefas e se isolam de seus sentimentos para não serem influenciado por eles.

Cinco Sexual - denominado CONFIDÊNCIA, é o Contratipo do tipo 5. São românticos e voltados para a arte. Buscam intensamente confiar num outro, que deve estar aberto às suas confidências, caso contrário, a avareza surpreender. A sexualidade é uma forma não verbal de comunicação e é expressa de forma intensa em função de ser espaço onde a intimidade pode existir.

Parece-se com o tipo 4, podendo ser introvertidos, sensíveis e expressam sofrimento.

Tipo 6 - Subtipos e Contratipo

O Medo é expresso de forma bastante distinta entre os três subtipos do tipo 6, até porque eles têm diferentes temperaturas, o 6AP é morno, o 6SO é frio e o 6SX é quente, com isso emanam energia também de maneiras diferentes.

Seis Auto preservação – Foi denominado por Ichazo de AFETO, pois afeto e cordialidade são questões que esse subtipo carregado de hesitações e medos, buscando reduzir suas ambiguidades, inseguranças e temores. É o mais fóbico, o mais medroso dos três. São dependentes dos outros, buscando alianças, de pessoas que ele sente que o amam, principalmente familiares, na certeza que não será agredido por eles. São ursinhos de pelúcia, quem os agredirá. É preciso ser bom e não ter raiva, ser cordial, sempre temendo não ser totalmente aceito.

Assemelha-se ao Tipo 2AP. São sedutores, empáticos. A diferença é que o agrado do tipo 6 é busca de segurança e o dois quer se fazer indispensáveis aos outros.

Seis Social – Denominado DEVER, por acreditarem ser obrigados a conhecer leis sociais, precisa distinguir mocinhos, de bandidos. São muito frios em seu temperamento, numa mistura entre o fóbico e o contafóbico. É alguém com bastante dificuldade em acreditar em si e nos outros, apesar de manifestar assertividade no orientar pessoas à melhor forma de atuarem. Valoriza os grupos são importantes pois isolados podem ser atacados. Entretanto a dúvida existe o que o leva à ansiedade e ao medo fóbico, mantendo-o dependente, submisso à uma figura de autoridade.

Parecem-se com o tipo 3, por também preocuparem-se com a eficiência, e atingirem metas. Entretanto o 3 preocupa-se com a imagem o elogio e o aplauso, detalhes não valorizados pelo tipo 6. Parece-se também com o tipo 1 pois é ligado a legalismos, são autocríticos e intelectuais

Seis Sexual – Denominados FORÇA E BELEZA. É o contratipo do tipo 6. Precisam de força e beleza para intimidar. Os outros subtipos fogem do que os assusta, consumidos pelo medo, esse ataca de uma maneira profundamente combativa, quando se vê ameaçado, expressando uma sensação de segurança e firmeza, que não parecem lhe pertencer, assustando pelo seu grau de agressividade. Essa maneira de ser, por vezes não é percebida por ele, e não lhe faz sentido, quando chega a ser considerado um causador de problemas. A adrenalina corre livre e tende a se mover rumo a situações de risco.

É assertivo, mas, muito mais com situações externas a ele.

Assemelha-se ao tipo 8, a diferença é que o 8 não tem medo e gostam de produzir ordem, ao contrário do 6SX, que são medrosos e gostam de criar caos. Parece-se também com o tipo 3, é rápido, ativo, assertivo e trabalhador. Entretanto a diferença é que suas atitudes envolvem o medo, contrário do 3, que se lança sem receio algum.

Tipo 7 – Subtipos e contratipos

A Gula, paixão do tipo 7, será expressa de maneiras diferentes para cada subtipo. O AP procura satisfazer sua necessidade de sensações prazerosas, buscando aliados, o que o faz sentir-se seguro para alcançar o que almeja. O 7SO, sacrifica-se pelo outro, é solidário, mostrando dessa forma uma anti-gula na busca pelo prazer. O 7SX, tem toda a gula, canalizada para a busca de melhores relações e experiências, é sugestionável e bastante sonhador.

Sete Autopreservação – São também denominados DEFENSORES DO CASTELO. Expressam a Gula através de alianças uma espécie de família mafiosa, para serem partidários dele, e é onde se sentirão protegidos. Tendem a ser pragmáticos, defendem seus próprios interesses, além de serem muito bons em “networking”. É animado, falante, engraçado, mas, tende a se desconectar de suas emoções, e contemplam seus interesses às custas dos outros. É mais realista, mais “pé no chão” e menos idealista que os outros dois subtipos.

Sete Social – É o contratipo do tipo 7. Seu nome é SACRIFÍCIO, pela vontade de estar a serviço e se sacrificar pelo outro, como uma tentativa de sair do egoísmo e do narcisismo. A Gula é difícil de ser enxergada, expressam um ideal asceta, transformando em virtude a capacidade de virar-se com menos para eles e dando mais aos outros. Querem ser vistos como bons, conforme o consenso social, quer aliviar dores alheias e nisso consegue recompensas egóicas tais como, apreciação, reconhecimento, boa imagem, redução de conflitos e criar débitos nos outros.

Assemelham-se aos tipos 5, manifestando pouca necessidade de ter, protegem seus limites, distanciando-se dos outros, o 7 é mais gregário e expansivo, além do mais, precisa de aplausos. Assemelha-se também ao tipo 2, pelo seu desejo de estar sempre ajudando aos outros, a diferença é que o 2, foca nos outros e o 7 nele mesmo.

Sete Sexual – Denominados SUGESTIONABILIDADE, por ter Gula pela idealização e realização de fantasias. É uma pessoa crédula, fácil de ser hipnotizada, pensa a vida a partir da imaginação, vivendo no “mundo da lua”, na “Terra do Nunca”, buscando escape da realidade. Para eles, prevalece os pensamentos e a alegoria e não os sentimentos e os instintos. Desfruta de tudo e de forma despreocupada. A empolgação por querer viver e participar de muitas atividades ao mesmo tempo, o leva à ansiedade e a inquietude por reconhecer precisar desistir de algo, levando-o a embaçar suas percepções da realidade.

Tipo 2 – Subtipos e contratipos

A paixão do tipo 2, o Orgulho, se expressa pela necessidade de seduzir os outro. Essa paixão é manifestada de formas distintas entre os subtipos, entretanto tendo explícita sua necessidade de sedução, buscando atender as próprias necessidades não admitidas mantendo o orgulho como status quo. O 2AP seduz como uma criança, buscando ser cuidado é o fofinho. O 2SO, mostrando-se competente e poderoso, seduz grupos e o 2SX mostrando-se atraente e adulador, seduz indivíduos específicos, adaptando às suas necessidades.

Dois Autopreservação – É o contratipo do tipo 2, Ichazo o denominou PRIVILÉGIO, importa ter atenção e ser o primeiro. São “os gracinhas”, fofinhos, brincalhões e agradáveis, buscando através dessa forma sedutora de ser, terem toda a atenção do outro e serem cuidados. Num nível inconsciente, preferem manter-se dependente do outro, em detrimento de sua liberdade. Com um jeito infantil e charmoso de ser, fica difícil partir para a adultez, permanecendo imaturo, sendo birrento, sempre insatisfeito e irresponsável, diante do ambiente vigente, não tendo a mínima noção da necessidade de ser ajudado para crescer, pois o que importa é ser o centro das atenções e ganhar tratamento especial.

Parece-se com o 6AP, ambos têm medo e são ambivalentes sobre relacionamentos. A diferença é que no tipo 6, o medo é generalizado, enquanto que no 2 é referente a relacionamentos. Também se parece com o tipo 4 por serem muito emocionais, só que o 4 manifesta e reconhece sua carência, o oposto se dá no tipo 2, em função do Orgulho.

Dois Social – Denominado AMBIÇÃO, é o sedutor de ambientes e grupos. Poderoso, grande líder, dono da empresa ou da pessoa amada. Apesar de afirmar o contrário, “dá para receber”. Busca adotar o papel de protetor, salvador, mostrando-se como onipotente, capaz de resolver todas as questões. Visivelmente orgulhoso, ambicioso é frequentemente admirado por suas conquistas. Pode mostrar-se como cálidos, relacionais e magnânimos, mas, por outro lado existe uma aspiração de ser reverenciado e desejo de atingir o poder e seu próprio sucesso individual.

Assemelham-se a um tipo 8 ou a um tipo 3, pois todos trabalham duro, são realizadores, podendo ser territoriais, fogem das emoções para não se sentirem vulneráveis e buscam atingir posições de poder ou alto status.

Dois Sexual – AGRESSIVO – SEDUTOR, foi o nome dado, seduz pessoas específicas, querendo orgulhosamente ser desejada pelos outros. Não tem muita dificuldade em dizer o que quer para si. Orgulha-se de ser excepcional para o seu parceiro. É generoso, flexível e a sexualidade é usada como arma de conquista. O nome Agressivo - Sedutor, sugere uma associação com o arquétipo de um vampiro. É muito bonito, irresistível, mas alguém com beleza perigosa, pois necessita exercer poder sobre o outro e pode terminar por consumir o seu admirador. A vida do 2SX é de um amante que inspira relações intensas de grande paixão e quando termina o sofrimento é enorme.

Assemelha-se ao tipo 4, ambos são sensíveis, prestativos, voltados para relacionamentos, são emotivos e românticos, a diferença é que os tipos 2 são voltados para o outro e os 4 mais voltados para eles mesmos.

Tipo 3 – Subtipos e contratipos

A Vaidade, paixão do tipo 3, é expressa de formas diferentes, buscando atingir sua necessidade de atingir e manter uma imagem de sucesso. O 3AP é um workaholic eficaz e autossuficiente, busca segurança, e tem vaidade por não ser vaidoso. O 3SO, quer ser reconhecido no palco e se vende com uma imagem ofuscante. O 3SX, é uma pessoa carismática, expressa a vaidade ao se tornar atraente e ao apoiar outras pessoas e através delas alcançar êxitos.

Três Autopreservação – É o contratipo do tipo 3. Foi denominado Segurança. São ativos, eficazes e autossuficientes, e com foco no trabalho, buscam segurança e conexões com as pessoas que costumam ser superficiais. Verdadeiros workaholics acabam por se cansarem e se estressarem, dificilmente pedirão ajuda, esconderá sua necessidade, ao ponto de ninguém perceber. Querem ser vistos como atraentes e bem sucedidos. Preocupam-se em ser honestos, éticos, bondosos, buscam o perfeccionismo, e querem ser vistos como pessoas virtuosas e não admitem a existência da vaidade em suas vidas. Ele busca falar a verdade e tenta sair do auto engano, entretanto a questão do engano está em nível inconsciente e por vezes ele se confunde sobre seus reais sentimentos.

Assemelha-se ao tipo 1, por serem exigentes e perfeccionistas. Parece-se também com o tipo 6 por se preocupar com sua segurança e por isso ser ansioso e medroso por trás de sua calma aparente.

Três Social – O nome dele é PRESTÍGIO, por estar sempre em busca de admiração, reconhecimento e aplausos. Adora palco e dos três subtipos, é o mais vaidoso e o que mais busca holofotes. Vaidoso, quer brilhar aos olhos de todo o mundo. Colocam-se muito bem no meio social, criam a imagem adequada para o ambiente e a hora certa, sabendo como ninguém se vender e vender o produto do momento. Expressam-se bem verbalmente e sabem como escalar para alcançar o pódio. Parecem ser tão bons que é difícil reconhecer seus defeitos. Esforçam-se para fazer o melhor trabalho e numa mentalidade corporativa pensam no que é melhor para o grupo, aprimorando sua imagem. Podem sentir ansiedade pela exposição e vulnerabilidade, mas isso nunca será visto.

Três Sexual – Ichazo os denominou MASCULINIDADE – FEMININIDADE, pois esse subtipo tem como meta, ser o modelo de beleza, algo que ele considera mais que dinheiro ou prestígio. Vaidosos extremados, bastante competitivos, perseguem essa meta tanto quanto um executivo em termos de trabalho. A Vaidade é utilizada para criar uma imagem atrativa e de promover pessoas especiais. Tem uma mentalidade de família e equipe, fazendo com que às vezes nem se pareçam um tipo 3. É o mais emocional dos 3 e mesmo assim experimenta tristeza e um vazio ou desconexão dele mesmo e dos outros. Temem a separação e o abandono e tendem ter baixa autoestima.

Assemelham-se muito ao tipo 2, por gostarem de ajudar os outros. Parecem-se também com o tipo 7, por serem bastante otimistas.

Tipo 4 – Subtipos e contratipos

A paixão do tipo 4 é a Inveja, e todos os subtipos se colocam dentro de sofrimentos extremados por estarem sempre se comparando com os outros não conseguindo se valorizar. As três subdivisões do tipo, são bem distintas entre si. O 4AP são sofredores resilientes, negam o sofrimento. O 4SO, sofre intensamente, e o 4SX sofrem e fazem os outros sofrerem.

Quatro Autopreservação – É denominado TENACIDADE. É o contratipo do tipo 4, onde a Inveja é menos aparente, e sofre menos que os outros dois. A inveja serve para motivar esse 4 a trabalhar duro para ter o que o outro tem. Possuem tendência a se auto desmerecerem, negar a inveja e suportar o sofrimento, aprendeu a engoli-los. São mais masoquistas que melodramáticos, transformam em virtude a resistência à frustração. Boicotam-se com facilidade, colocam-se em situações duras como se precisassem todo o tempo de se testarem e se desafiarem. Tende a ser humanitário com uma disposição empática e nutridora, buscando lutar pelo bem estar dos necessitados e injustiçados.

Assemelham-se aos tipos 2 pela sua arrogância, diferenciando-se porque o 2 é voltado para referenciais externos e o 4 é autorreferente. Parece-se também com o tipo 1 pela sua autonomia e autodisciplina, entretanto os 4 são extremamente emocionais enquanto os 1, são mais objetivos. Existe semelhança com o tipo 7, pois esse 4, é menos melancólico, mais leves que os outros dois subtipos, são mais alegres e tranquilos.

Quatro Social – Denominados VERGONHA, pois é uma pessoa envergonhada, carente, triste, tímida com bastante dificuldade para expressar seus desejos e sofrimentos. Não é competitivo, mas tem facilidade em compararem -se com os outros, concluindo que sempre lhe falta algo que o outro tem. A sensação de inferioridade é algo que o acompanha, levando-o a criar necessidades de auto humilhação, auto recriminação e auto sabotagem, voltando-se contra si mesmo, enfraquecendo-se. A sensação é de que sempre existe algo errado com ele e tudo vira drama. Tem dificuldades de lidar com a sexualidade e a raiva, essa emoção se converte em lágrimas com facilidade.

Quatro Sexual – Seu nome é COMPETIÇÃO, pois sua motivação interna é a inveja, mas na sua manifestação de competição. Apresentam certa dificuldade em fazer contato com os próprios sentimentos. Sua raiva é uma raiva invejosa. São mais assertivos e bravos que os outros subtipos, podendo ser bastante desbocados, a raiva é uma forma de se defender de sentimentos dolorosos, da culpa e aliviar seu senso de inferioridade. Buscam o sucesso, para eles melhor é ser superior. Gostam de fazer parte de um grupo “seleto e escolhido”, podendo ser elitistas. São pessoas intensas, atraentes, e buscam com intensidade o amor de alguém. Quando se sentem incompreendidos, tornam-se arrogantes, buscando ferir ou punir os outros. Entendem que foram feitos para sofrer, então é válido fazer o mundo sofrer também.

Assemelham-se ao tipo 8, ambos têm muita energia e emoção. São muito intensos, agressivos e diretos em sua maneira de se expressar. São ousados e não se preocupam com o olhar alheio. A diferença é que o 4 mergulham em seus sentimentos, e isso os leva a perderem a direção da vida, enquanto os 8 passam por cima de seus sentimentos.
















Bibliografia

Chesnut, Beatrice. O Eneagrama Completo: o mapa definitivo para o auto conhecimento e a transformação pessoal. Ed. Goya, São Paulo, 2019.

Cunha, Domingos, CSH. Eneagrama da Transformação. Ed. Karuá, Fortaleza, 2016.

Daniels, David. A Essência do Eneagrama. Ed. Pensamento, São Paulo, 2000.












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