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O Dois com o Nove: um casal Dador-Mediador



Os membros desse casal podem parecer iguais: adotam projetos e interesses alheios, assumem as emoções do parceiro, preocupam-se em satisfazer-lhes os desejos além de se fundirem um no outro.


Entretanto a fusão entre eles se dá por motivos diferentes.

Os Noves querem uma razão para viver, a qual pode ser encontrada num casamento, ao passo que o Dois tenta encontrar a própria identidade através de outras pessoas.


Na fusão, cada um deles pode ser profundamente afetado pelo outro num nível não-verbal.


Os Dadores querem ajudar os Noves a encontrar um sentido de vida.

O Dador será de especial valia se o Nove tiver potencial para sobressair-se numa área pela qual o Dois possa sentir orgulho.


Os Dois podem também ser atraídos pelas qualidades de delicadeza e carinho que os Noves muitas vezes emanam e, como gostam de afeto, os Dois podem se esbaldar.


Eles podem usar o sexo como forma de despertar para um contato autêntico, e os Dois não raro sentem que atenção sexual é equivalente a amor.


A sexualidade neste casal é provavelmente aquilo que de melhor podem se dar reciprocamente.


O Dois pergunta: “O que você quer?”, e o Nove responde: “Eu quero você assim como você é”. Diferenciando o “eu” que se ajustou às necessidades alheias e o “eu” emocionalmente autêntico e com nisso, e o Dois por sua vez energiza o Nove eroticamente.


Uma crise acontece, se o Dois se tornar indispensável e se o Nove se sentir controlado.

O Nove perceberá que está satisfazendo os desejos não assumidos do Dois e se recusará obstinadamente a continuar cooperando.


Os Noves reprimem o próprio potencial como forma de desforrar-se do Dois e distribuem a atenção para outras coisas.

Os Dois ficam entediados e com raiva se a atenção é retirada.


O Dois sentindo-se abandonado e ressentido por ter que tomar o leme do relacionamento (uma vez que prefere ser inspirado e conduzido), começar a reclamar.


Cria-se um ciclo doloroso: os Noves afastam-se pelas exigências dos Dois, e esse último vai perseguir o parceiro com mais vigor, estimulando os Noves se enclausurem num silêncio obstinado, entrando na agressividade passiva, não se realizando, tornando-se turrão, o Dois exigirá liberdade.


Temendo uma separação, o Nove desperta, mas pode também tornar-se possessivo. Se o Nove avança, o Dois recua com sonoras exigências de liberdade, mas o Nove pode decidir cortar toda a atenção, o que põe o Dois louco por reacender a relação.


Esse grave impasse poderá ser atenuado quando os Dadores atenderem às verdadeiras necessidades dos parceiros.

Vale a pena o Nove dirigir a atenção para dentro de si mesmo em vez de resistir à programação de outra pessoa.


É útil também que o Dois saiba que os Noves precisam de tempo para decidir.

As decisões mais importantes são as últimas. Os Dois devem pôr a questão, negociar um prazo e deixar o Nove sozinho enquanto durar o prazo.


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Autor: Carmen Cyrino

Quem é Carmen Cyrino?


Psicóloga e Psicanalista com mais de 40 anos de experiência.


Professora de Eneagrama na Tradição Narrativa, certificada por Helen Palmer e Urânio Paes.

Colaboradora Oficial da Chestnut Paes Enneagram Academy.

Membro da IEA-Brasil.

Professora de pós-graduação em Eneagrama na Universidade Sentido Único, Gestão Educacional Superior.

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