O Quatro com o Seis: um casal Romântico-Patrulheiro
- brenda179827
- 6 de jan.
- 3 min de leitura

Nesse tipo de casal, é frequente que cada um descubra características semelhantes no outro. Os Românticos, por exemplo, podem ser tão medrosos quanto qualquer Seis, e os Patrulheiros podem sentir-se conectados à mesma sensação de um sofrimento universal, que é tão característico dos Quatros.
Essas percepções que os dois compartilham, antes de causarem a divisão do casal, servem para fortalecer o relacionamento.
Como são solidários na dor e no pesar, podem também compartilhar conquistas emocionais igualmente avassaladoras.
Ambos entendem da profundeza dos propósitos e dos sentidos que é produzida pelo sofrimento voluntário.
Esse casal mostra, porém, duas motivações muito diferentes, mas que sustentam visões de mundo similares. Ambos os tipos identificam-se com o medo e com a tristeza, mas por diferentes razões.
Os Patrulheiros veem-se a si mesmos com proscritos e socialmente prejudicados, que temem as perseguições, enquanto os Românticos referem-se ao medo de ser incompreendidos e abandonados.
Os dois estão ligados entre si por meio de um destino semelhante e de uma força criadora efervescente, capaz de levar os oprimidos a empreender atos significativo.
Ambos esperam muito de si mesmos.
Os dois talvez sintam a necessidade de efetuar uma descoberta ou ruptura conceitual ou criativa, de algum modo motivada por aquela convicção precoce de ser diferentes das outras pessoas.
Tendem a proteger-se mutuamente daquela forma cuidadosa que se desenvolve entre pessoas que sofreram juntas; os Quatros são atraídos por aqueles que têm profundidade emocional e os Seis são fiéis aos socialmente prejudicados.
No lado positivo desse relacionamento, cada um é capaz de amparar a vulnerabilidade do outro, sobretudo quando veem a beleza da condição humana. Mas, no lado negativo, essa mesma vulnerabilidade pode ficar emperrada na inatividade. Numa fase crítica, cada um culpa o outro pelos sentimentos de baixa autoestima.
O Romântico pensará: “Me sentira melhor se tivesse um parceiro melhor”; o Patrulheiro periodicamente perderá a fé e perguntará a si mesmo: “Como é que isso pode ser amor se, ao mesmo tempo, amo a minha parceira e alimento as minhas dúvidas?”.
Num período de estagnação, cada parceiro estará preocupado em dar provas de si ao outro, e nenhum dos dois será capaz de avançar um passo.
Esse casal relata rompimentos e reatamentos porque a incriminação mútua gera desconfiança. Os Quatros murcham com a crítica que expõe as falhas e imperfeições deles, e os Seis querem um apoio inabalável mesmo quando têm fracassos.
Uma crise sobrevém se ambos alimentam mentalmente o prognóstico mais pessimista a respeito do futuro do casal; simplesmente parecerá mais fácil prosseguir sozinho do que continuar juntos.
Os Românticos tornam-se rebeldes durante as crises, recusando-se a ver as próprias imperfeições e determinados a vingar-se do parceiro provando que ele não tem razão.
O igualmente rebelde Seis é também perito em rechaçar as pessoas, argumentando contrariamente a qualquer posição que o parceiro julgue importante. É útil quando ambos são capazes de ceder o bastante de modo a reafirmar o compromisso.
Um bom lembrete seria: “Essa é uma fase difícil, mas lembre-se que estamos empenhados em mudar e ficar juntos”.
Diretrizes para uma briga limpa são úteis, uma vez que ambos os tipos têm a propensão a retirar-se quando atacados. Na eventualidade de um rompimento, os Românticos idealizarão o relacionamento em extinção verão os melhores aspectos dele e desejarão o Patrulheiro de volta; os Seis, porque têm um profundo descrédito em relação aos compromissos quebrados, estarão muito menos dispostos à reconciliação.
Ajuda quando ambos os parceiros são capazes de enxergar claramente a ambiguidade de cada um em relação à intimidade. Os Quatros oscilam entre a afetuosidade e a vontade de rejeitar a outra pessoa, enquanto os Seis se alternam entre a crença e a dúvida. Há um progresso importante quando cada um é capaz de ver a semelhança entre o hábito do Quatro de avançar e recuar e o padrão do Seis de alternar crença e dúvida.
Esse insight é capaz de fazer desabrochar a compaixão mútua, porque todas essas variações emocionais não passam de medidas de autoproteção. Entregar-se ao amor pode ser muito assustador; talvez seja mais seguro rejeitar primeiro do que enfrentar o medo de não estar à altura.
Autor: Carmen Cyrino
Quem é Carmen Cyrino?
Psicóloga e Psicanalista com mais de 40 anos de experiência.
Professora de Eneagrama na Tradição Narrativa, certificada por Helen Palmer e Urânio Paes.
Colaboradora Oficial da Chestnut Paes Enneagram Academy.
Membro da IEA-Brasil.
Professora de pós-graduação em Eneagrama na Universidade Sentido Único, Gestão Educacional Superior.
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